Poemas :
Julgamos a luz sem pisar o chão das estrelas

criámos sustentos de amor
nos galhos
de uma árvore ainda menina
exigimos que ela fosse mãe e protegesse
os ninhos das nossas esperanças
regámos [com as nossas lágrimas]
as suas raízes
abanámos seu tronco
procurando o fruto escondido
um dia acordámos
e sentimos o abandono
e a chegada do outono
oferecendo a saudade nova
daquela árvore
que acabou de desabrigar
o nosso teto
e abalar
com a sombra
nas costas
e todos os assobios com asas
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