LONJURAS
Eu, quando dou por mim, olho as montanhas.
Penso nas caminhadas por veredas,
Que me levem por mais paragens ledas
Ou conhecer além terras estranhas.
Tento entender as marchas e outras manhas
D'aqueles que superam sóis ou quedas,
Sempre com mais ardor do que moedas,
Diante de imensidões tais e tamanhas.
Eu sou eu mais minhas circunstâncias,
Mas hei-de conhecer pelas errâncias
Quem sou em desventuras e aventuras.
Ando para me ver onde antes vi
E estar no que disseram logo ali…
Eu, quando dou por mim, olho as lonjuras.
Betim - 16 02 2025
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.