Poemas : 

Não conto sem conta

 
Não conto sem conta,
Na hora dos contos
Não tenho contos
Pra guardar na minha conta

Ter boa poupança
É preciso fazer boa cobrança
Ao tempo vivido
No vai-e-vem sofrido na nossa praça

Não vou na graça
Da mão que me desgraça,
Dando-me pomos da tardança
Pra não me acordar na hora da bonança

Não conto sem conta
Pra que meu futuro não caia na afronta,
Na hora de acordar lembranças
Do passado sem poupanças

Poupar não é roubar
Nem parar o tempo no tempo,
Pra enganar lembranças
E fazer falsas cobranças ao tempo vivido

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
43
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 24/02/2025 03:01  Atualizado: 24/02/2025 03:01
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8582
 Re: Não conto sem conta
A preguiça não rima com poupança,
Pois,
Não se poupa o que não tem.