Quem és tu,
Borboleta errante,
Vinda, não se sabe de onde,
Por certo,
Dum país muito distante.
Voas-te, voas-te,
E aqui estás tu poisada,
Bem na minha frente.
Foi por cansaço?
Ou será que foi um siroco vindo de África,
Que te empurrou na minha direção?
Ou terá sido,
A minha solidão que te atraiu,
E eu que,
Apenas tenho um pouco de solidão para partilhar
Borboleta com olhos da cor do céu,
Quem és tu, de flor ao peito.
Deixa-me tocar-te!
Isso...
Dá-me a tua mão,
Suavemente.
Deixa-me sentir
O calor das tuas asas
Vês como…
Somos apenas mais duas ilhas,
Nesta miríade de ilhas sem nome.
Deixa-me sentir esse líquido mais precioso
A correr desenfreadamente nas tuas veias
Deixa-me sentir o seu tremer,
Todas as suas vibrações,
Deixa-me sentir a tua vida
E assim sentir que também estou vivo.
Obrigado borboleta errante,
Nem imaginas,
O que realmente sinto neste momento.
Não te vás ainda,
E fica mais um instante,
E quem sabe, se ficaremos assim,
Nos nossos sonhos,
Unidos para a eternidade.
Ou será,
Que foi apenas mais uma farsa,
Do destino.
Apenas,
Mais um engano,
Como tantos outros.
Ou será, ainda
Que tudo é apenas um sonho,
Daqueles que eu me recuso,
A perder da memória,
E que me faz perder a vontade de acordar
Sim...
E não quero acordar!
Diogo Cosmo ∞
01-07-2024
Continuarei resiliente, enquanto tiver forças irei continuar a publicar para que nada se perca
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