Você brinca comigo como se eu não fosse a mulher da sua vida. Mas eu deveria ser.
Você fala comigo como se se preocupasse, mas não liga realmente para o que eu sinto ou como estou. Você não quer realmente saber.
Você diria que me ama numa noite e, no dia seguinte, comeria qualquer outra mulher.
Eu daria-te o meu coração, mas você preferiria a minha carne. Ou qualquer mulher sem alma, tão inflável e egocêntrica quanto um carro ou uma moto do ano.
Você só me enxerga com os olhos, enquanto eu te vejo com toda a minha alma.
Eu te mostro as minhas cicatrizes, e você me responde com o silêncio das palavras óbvias.
Eu tento criar pontes, mas parece que você só cria distâncias.
Como continuar guardando-me para o que não é claro? Como não querer sofrer no colo ou na carne de qualquer outro homem? Você me confunde tanto. Não sei o que você quer. Há momentos em que parece que você só quer me ferir.
Preciso tanto de certezas. Preciso de paisagens límpidas. Preciso de uma terra segura.
Prefiro as canções que possuem nomes próprios.
Prefiro não me perder.
Prefiro os teus braços.
Prefiro você.
Rebeca Mauro Ramos Rocha
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