Venho de outras viagens
De há muitos e muitos séculos
De muitas aprendizagens
Já zarpei de muitos portos
Sou nómada de intelecto
Visto muitas linguagens
De algumas, já me esqueci
De cada vez que cá venho
Não deixo nada ao acaso
Sempre procuro por ti
E quando, por fim, te encontro
Para logo a seguir te perder
Sei que há um propósito maior
Que eu posso não entender
O que posso eu ter feito
Para tal sina merecer?
Fernanda Esteves
Setúbal