Na penumbra da noite, seus olhos se perdem,
Onde o vazio ecoa, mas ninguém vê.
A casa é um espelho quebrado de ausências,
E o amor, uma sombra que se esconde, envergonhado.
As mãos tremem, mas não há a quem tocar,
O coração pulsa, mas ninguém o escuta.
O silêncio é seu único companheiro fiel,
E as memórias, como fantasmas, surgem no papel.
Há uma dor que não se diz, mas que se sente,
Como um perfume distante, quase ausente.
O amor se afasta, mas permanece nas ruas,
Em cada passo que ecoa, nas entrelinhas, nas nuvens.
E ainda assim, ela espera.
Com um sorriso que não chega, com uma lágrima que nunca cai.
A esperança é um fogo que se apaga sem queimar,
E o amor, perdido, segue, mas não sabe onde ir.
Grey