Poemas : 

O voto emprestado

 
Open in new window

De mão embriagada,
A mente, mente ao coração,
Dando voto de gratidão
À gadanha estendida

Chora a verdade
Ao voto emprestado
Ao poeta fingido,
Perdido nas arrestas da vaidade

Amigos à parte,
Verdade só verdade,
Bem longe de amizade
E das abençoadas telas de arte

De olhar embriagado,
A mente mente
O que nada sente
Pra reaver o voto emprestado

Votos emprestados
São pagos aqui,
Não pelo valor do que alguém leu e li,
No cantinho de poetas vendidos

Aqui, a poesia mingua
A cada voto roto,
Posto com inverdade,
No dorso da língua lusa

Adelino Gomes-nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
81
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 13/02/2025 17:18  Atualizado: 13/02/2025 17:18
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8572
 Re: O voto emprestado
Quando a mentira
sufoca a verdade,
nem a poesia escapa
das teias da inverdade.