Tem vezes que eu preciso respirar
Respirar bem fundo e ficar sereno
Falar mais alto que as ondas do mar
Vontades desejos conter esse veneno
E eu corro e me tranco em meu bar
Protegendo-me do que vive bem aqui
Longe da lembrança de poder sonhar
Acolhido por tudo aquilo que eu vivi
Peço ajuda rogo que o mar se aquiete
De alguma forma encontra uma saída
Os versos vão na direção de seu corpete
Desatando cada laço na vontade incontida
E as ondas agora mansas fazem um burburinho
Trazem-me uma canção de fé e de esperança
Confortando-me cantando que não estou sozinho
Colocando em meu rosto um sorriso de criança
Deus abençoe o que me aguarda neste caminho
Carlos Correa