Depois,
Daquele primeiro beijo,
Que me deste,
Cheguei a casa,
Totalmente eufórico.
Eu queria cantar…
Dançar…
Eu queria pular,
E apanhar a rosa mais bela,
Entre as estrelas,
Para no dia seguinte,
O teu cabelo enfeitar.
Queria conseguir apanhar,
Todas as estrelas do firmamento,
E deposita-las no teu quarto,
Para iluminarem e velarem,
Durante o teu descanso.
À noite mal dormi,
Sentia o peso de cada minuto,
A carregar,
Nas minhas pálpebras,
Para que eu deixasse,
De resistir…
Ao cansaço da espera,
E me entregasse ao mundo,
Dos sonhos,
Mas não,
Desta vez,
Eu preferia sonhar,
Bem acordado.
O meu coração,
Batia desenfreadamente,
Perante a espectativa,
Indeterminada do…
Sim…
Ou Não…
Esperei por ti à porta
O meu coração fervilhava
De espectativa do,
‘…e agora… o que dizer… o que fazer’
Reconheci-te ainda ao longe
No meio daquela amálgama de gente
O teu andar parecia diferente
A cada passo que davas
Aumentava a minha tormenta.
Estendi-te a minha mão
Um pouco a medo,
E para meu grande alívio
A aceitaste e de imediato senti
os nossos dedos entrelaçarem-se
ternamente uns nos outros
e apertaste com carinho.
Foi através da tua mão
Que senti a tua energia
A fluir por todos os meus poros.
‘Sempre gostei de ti…’
“Sim… eu sei… e eu também,
Desde o primeiro dia…”
Foi então,
Que nesse dia,
Que chegamos à conclusão,
De que não existia qualquer razão,
Para nos continuarmos a esconder,
Um do outro.
Sem que o soubéssemos,
O cupido há muito tempo,
Que nos havia trocado,
As voltas ao nosso destino.
Foi a partir desse momento,
Que aprendemos a falar,
Simplesmente com o olhar.
Diogo Cosmo ∞
12:47 22-10-2024
Belém Jardim