Te vejo nua e o mundo se desfaz,
Como névoa diante do sol.
Teu olhar, um convite voraz,
Um fogo que queima debaixo do lençol.
Cada curva, um feitiço escrito,
Seu corpo um sonho esculpido à mão.
Teu desejo, um grito infinito,
Chama que inflama o meu coração.
Teus lábios, promessa e pecado,
De um mel que incendeia a razão.
Teu toque, veneno sagrado,
Que me arrasta à doce perdição.
Vem, não fujas da febre que cresce,
Dança comigo entre o luar.
Que o desejo, louco e inconteste,
Nos faça amar e viver sem cessar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense