Em círculos de sombras tecidos,
Onde ruídos dançam com o silêncio,
Muitos se escondem, firmes, decididos
A criticar o que brilha com incandescência.
Com ardor, defendem seu recanto solitário,
Proclamam a pureza do seu isolado canto,
Mas ao julgar o brilho alheio, extraordinário,
Não veem que cegam o próprio encanto.
"Permaneçam no eco do eco", dizem,
Como se o silêncio fosse ouro,
Esquecendo que no palco do mundo, enfim,
Cada voz acrescenta um novo tesouro.
Ao desdenhar o desvario e a paixão,
E ao pintar a arte alheia como desacerto,
Miram, sem ver, no próprio coração,
E disparam, sem querer, no próprio peito.
Será que não percebem que o tiro, ao findar,
Não só fere o alvo, mas também o atirador?
Cada crítica áspera ao expressar,
Ecoa de volta, ampliada em dor.
Que escolhamos, então, celebrar cada tentativa,
Cada esforço para tocar o céu estrelado,
Pois é na imperfeição que a arte cativa,
E em cada falha que somos iluminados.
O tiro no pé, uma lição aprendida,
Nos ensina que no eco dos julgamentos,
Encontramos uma voz, outrora perdida,
Que canta, apesar dos confinamentos.
Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...