Poemas : 

Os berlindes da solidão

 


Os bolsos cheios de berlindes

às cores

de palavras

e de dores.




Não utilizava a palavra

em zonas de argumentação.

Cheio de silêncios




baixava o olhar

a procurar um grão

de culpa alheia




ou de solidão

para sacudir das pernas das calças

ou das solas dos sapatos.




Sem traçar planos

saía para captar um plano




que guardaria

na gaveta do esquecimento.




Entrelaçava o tempo

em mágoas

e o que não teria de fazer.





E os berlindes às cores

à beira do abismo.



No vidro da mesa o reflexo da queda

a fuga.





Sem crença de salvação

a queda ficou à espera.




 
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idália
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