Temos
Que lhes mostrar,
Temos
Que os fazer acreditar
Temos
Que os fazer sentir na pele
De que,
Ainda há gente boa
Gente que nada lhes pede
Num total desprendimento,
Das coisas mundanas
Vão para a rua
De saco ao ombro
Cheio de fraternidade humana
Dão-lhes,
Dividem o pouco que tem,
Amizade,
O amor ao próximo
E mostrar-lhes o caminho da humanidade
Do amor
Da amizade
Onde o amor
Não é distorcido
Anónimos,
Do dia e da noite,
Quente ou fria,
Por vezes tão frias,
Capazes de fragmentar,
Os ossos em mil pedaços.
Indiferentes às intempéries,
Lá vêm eles de novo,
À procura,
De um novo desconhecido
Basta-lhe estender a mão
E aceitar essa sopa
E esse pouco de pão
Com mais valor
De que se fosse dado
Por um pai ou irmão.
Há outros
Que tudo prometem
Perdem-se em promessas
Vãs
Ontem,
Hoje
E amanhã
Mas que nunca,
De nada seu
Verdadeiramente
Nunca dão.
Diogo Cosmo ∞
00:06 14-11-2024