Há ventos que carregam desvarios
De mentes perturbadas e insanas
O desacerto de almas humanas
Que assentam morada no delírio
Não coabitam com a realidade
Levitam nos meandros da ilusão
Na corda bamba da alucinação
Da fantasia fazem a verdade
Já ninguém aguenta o seu rugido
É forte como um grito redentor
Que adentra a voz da insanidade
A mente ainda entoa o seu zunido
Vibrando como o som de um torpor
Loucura que lhe cega a liberdade.
Fernanda Esteves
Setúbal