Poemas : 

Para Abissal (78ª Poesia de um Canalha)

 
Daqui já nos cheirava o triste mundo a mofo
Deixava-lhe no avesso nuas mãos revoltadas
No chão com desprezo de gente sem apreço
Estrelado, listado, martelado, foi-se o balofo
O senhor e o escravo que te dava chicotadas
Nos olhos afogados de lágrimas que esqueço

Meia esquerda direita quase central e visceral
Tatuada naquela colorida imagem subliminar
Do mimo idiota que gargalha por tuta e meia
E depois se enfia em bolhas de silêncio sexual
Que rebentam na escarpa que fundida no mar
Se desmorona ao som desta revolução plebeia

As adagas trespassam peitos irmãos inocentes
Dois a dois, três a três, quatro a quatro e mais
Despejando moedas no regaço das carpideiras
E o caviar fazia salivar essas bocas indiferentes
Barrado na pobreza dos seus infelizes animais
Que debulham desta vida as suas sementeiras


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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