A sombra metuenda
De ar negro solitário
Rastejava pelo chão
De gentes era lenda
Neste mundo vigário
Semeado com ilusão
O vento vergastava-o
Entre a dor silenciosa
E o clamor cego petiz
O poeta tolo amava-o
Desde a letra ansiosa
Que vive quase infeliz
Um segredo despe-se
Nudez tingida a nada
Decorada de hibiscos
Sua voz só atreve-se
Grata palavra lavrada
Em seus olhos ariscos
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma