Tempos mil que não me lembrava de ti e de repente
o teu sorriso mais os olhos encantadores
olhar cigano, fundo
onde sempre me perco,
como não houvesse tempo entre nós
foi sempre há bocado
os teus olhos, encanto mágico
todos os deuses juntos na planície onde te rezo
ergo o que sou
(não faço a mínima ideia sobre o que sou)
e o que for recebe em dádiva
por que não encontro solução para os teus olhos negros e ciganos
sabem a terra, água
cheiram ao teu corpo, sinto o sal do mar na boca que saboreio como fosse um beijo
os teus olhos
e somos de imediato nós, como não passassem anos e anos.
o teu olhar e parece que voo em ave obliqua, declamando palavras soltas como neve pousando nos telhados de natal do teu lar.