Minhas palavras não espantam; elas ecoam.
São penas arrancadas de asas adormecidas,
o vento leva-as por corredores de véus,
onde o tempo esquece o seu nome.
Certo ou errado? Pergunta às portas.
Lógica dorme entre o pó das chaves,
e (in)lógica escreve o seu nome no vidro embaciado.
Os cães não mordem, apenas esperam,
com os olhos fixos no horizonte que se dobra.
Se me observas,
sou o reflexo quebrado na maçaneta,
o calor de mãos que nunca tocaram.
O horizonte treme, as notas deslizam,
e o acorde maior é apenas uma sombra
que ecoa em salas que não existem.
A essência não respira; ela persiste.
As chamas não dançam; elas rastejam
em linhas invisíveis que desenham o chão.
Os cães, elegantes e imóveis,
guarnecem as perguntas como quem cuida de um segredo.
No canto onde o eco se dissolve,
as memórias não se guardam; elas fluem.
Entre nós, não há espaço nem tempo,
apenas o vazio que conhece todos os nomes.
O nunca dito não paira; ele vibra,
uma melodia sem som,
onde o silêncio molda as sombras,
e a luz não ilumina — apenas observa.
Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...