Transcendências Subtis
sinto as palavras salgadas nos lábios do vento
na doce quietude ilusória do teu olhar
musicas tardias iluminam o firmamento
dedos que adivinham e sentem os teus sonhos
sinto a palavra proibida no meu peito ofegante
arde-me o sangue de pujança e dor
visto a ilusão das manhãs anoitecidas
vertigem ensolarada nas mãos descalças de amor
corro alvoradas cintilantes em gestos turvos
na relva descalça de preconceitos hibridos
as noites abafadas de silêncios sísmicos
orvalhadas de gotas prateadas do teu luar
avisto o teu abraço infinito
dançando musicas imaginarias no tempo
dás-me a mão sem me tocar
encurtas limiares em transcendências subtis
maresia do meu olhar
no doce sal que adivinho em ti.
Fatima Santos