Quando aqui estiveres, lê o que escrevi. Segura-o como quem toca a Lua com os dedos, não pelo que encontras, mas pelo silêncio que cresce nas entrelinhas. Diz que era um menino que te guardava num tempo que jamais foi completo, mas que, na sua imperfeição, te esculpiu em ecos que o teu olhar nunca alcança.
Um dia, aceitarás que a proximidade não é o espaço entre as palavras, mas o compasso entre os meus gestos e os teus, num abismo que não soubeste selar com passos. Estarei diante de ti, à margem da tua estrada, não como uma sombra que se justifica, mas como um brilho discreto, onde os vaga-lumes se reúnem, hesitantes, absorvendo a luz que deixaste no ar.
Descansarás os olhos no tempo que nunca cedeu, onde as frases que não disseste nasceram como vidraças partidas, mostrando o que se dissolveu ao toque. E carregarás o peso de uma lembrança involuntária, não para te prender, mas para lembrar-te que o presente nunca te abandonou.
E então, talvez descubras o que é ser amada, não nos limites do óbvio, mas no instante onde o eterno desafia o vazio. Onde tudo floresce, mesmo sem saberes como, e o que parece distante é, ainda assim, tão perto.
Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...
Entre o fugaz e o não fugaz, o que se pode tocar e o intangível, o que se viveu e o que ficou por viver, acho que o que permanece sempre é o sentir, independentemente de não ter ou ver sentido!