Poemas : 

Para AlexandreCosta (70ª Poesia de um Canalha)

 
De vez em quando escrevo-te
Depois descrevo-me a fazê-lo
Cenas de gaiato quase adulto
Embebedo-me de ti e beijo-te
Derretido num pedaço de gelo
Quase nu num amar-te oculto

Estas coisas quando são coisas
Que nos condimentam os egos
E rodopiam num ziguezaguear
Esvoaçam mentes onde poisas
Difíceis como a dor dos pregos
Não sei se me entendes o mar

Podia explicar-te noutro idioma
Mas depois não te entendia eu
Sei que não te valho mais nada
Disse-mo sábia e velha paloma
Que de tão velha nunca morreu
Ficas-me doce na língua calada

Dóis quando partes e não vens
Deste sol caído da noite escura
Com o nosso olhar sussurrado
Dóis se me dizes que não tens
De outro querer a vida impura
De mim peito só e trespassado


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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