os olhos a encherem-se de fumos
noctívagos de sol, diurnos de luar
pelo filtro aquoso aprimorado
até ao preencher do peito sem nome
só um cognome a decifrá-lo
como se se tratasse de um ser igual, monofamiliar
sabedor, pelo lado de dentro
de uma vida inexistente que sempre coexistiu
se um é um oco quase coco
o outro é o sumo do fumo
depois de entrar tudo o que lhe dá vida
é todo aromas
a separar a vida do viver
nas palavras dissolvidas, renascidas
de volta ao mundo que já conhecem
no fim da combustão
é tudo frutado
fruta na mão
13-01-2025