Declaração de interesses

Porque me apetece... clono-te a poesia pela sua negação

A leveza,
Sem os pés no chão,
Sem estar aqui,
Depois do novo rio secar de água,....

Isto são tristezas que vieram lá,
Tão leves que o ódio,
Que o semblante do desdenho,...

E de ti acuso,
Que este estar insensível,
Sempre que o silêncio,
For sobre voltar,...

E levar a cegueira,
Que desconhecemos se vive de algum nosso futuro
E esse arco-íris,
do que quer que se vá antes do depois

(o beijadordeflores e o Alemtagus que me permitam estragar dois belos poemas, sem o mínimo esforço intelectual)

clono-te a tua poesia pela sua negação numa declaração de interesses


O peso, a leveza,
Duas mãos numa mesa, sem os pés no chão,
Estar aqui, sem estar aqui,
Depois do novo rio secar de água, enquanto há água que se renova num ribeiro envelhecido,....

Isto são felicidades que estão lá e isto são tristezas que vieram lá,
Pesam mais que o amor, tão leves que o ódio,
Que os contornos do bem querer, que o semblante do desdenho,...

E para mim defendo, e de ti acuso,
Que este estar insensível, que isto não é sobre sentir,
Sequer sobre falar, sempre que o silêncio
É sobre partir e for sobre voltar,...

E levar a cegueira e deixar os olhos,
onde sabemos que estará o descolar do nosso passado, que desconhecemos se vive de algum nosso futuro
E a cor neutra, esse arco-íris,
do que quer que venha no momento seguinte e do que quer que se vá antes do depois.