Na tarde quente, o sol lindo de verão,
E os céus cantavam cores em fulgor.
Dois olhos se encontraram, sem razão,
E o tempo se curvou ao seu calor.
Um brilho fez silêncio em derredor,
E o vento, cúmplice da emoção,
Sussurrou leve um tímido rumor,
Trazendo o cheiro doce da estação.
Sem palavras, as almas se entenderam,
Num pacto feito apenas de sentir;
Dois mundos, antes sós, enfim se uniram.
Assim nasceu, sob o verão, por fim,
O amor que faz todo dia reluzir
E dá à vida um brilho mais claro assim.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense