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O Nada Absoluto (soneto)

 
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O Nada Absoluto (soneto)

Quando o ser emerge do nada
Numa inexistência pura e absoluta
Forte terá de ser a luta
Ou perderemos a pernada

Negação é erro de conduta
Pois Deus nos fez cópia espelhada
Só segura nesta batuta
Quem não tem medo de cilada

Entretanto nos enchemos de fascínio
Quando esquecemos, somos apenas meninos
Mesmo quando perdidos nesta enrascada

No fogo queimamos nosso raciocínio
Pois somos o nada moldado ao divino
Sem saber que o tudo, é menos que nada

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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