Poemas : 

Para Valdevinoxis (66ª Poesia de um Canalha)

 
No chão escorria o código genético de um poeta
Com letras agasalhadas em curtos decassílabos
O corpo já frio jazia ali incapaz de me identificar
Com o olhar lacrimejante e silencioso de profeta
Ainda por recitar alguns insensíveis acrossílabos
D'uma página virgem que por ali se deixara cair

A arma do crime foi uma pena vintage alva pura
Com extenso cadastro ganho entre várias mãos
Um pouco de arte académica com pergaminhos
De muita tinta iria falar muito tão crítica tortura
Sempre no desejo visceral de vergar sins e nãos
Ou de pontuar a vida com prazeres mesquinhos

Diziam as más-línguas, que curto poema, Haikai
Um japonês de Tóquio, morrera após três versos
Outros, afoitos, diriam que era longo tal epopeia
Homérica experiente e mafiosa tal qual o seu pai
Escritor erudito e premiado por homens diversos
E que definhara até se esvair em letras, europeia

Um mistério digno de Agatha ou Sherlock, louco
E elementar, meus caros, elementar qual poesia
Aquela tal forma de se ser que mata se sede der
Um pequeno curto longo verso que sabe a pouco
Que parece inspirar as manhãs e delas a maresia
O fogo que arde sem se ver e ficou por escrever


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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