Este é o espaço onde a memória repousa,
um solo onde o tempo descansa como poeira dourada...
... e raízes encontram o céu por dentro da terra.
Os caminhos não seguem lógica,
são linhas traçadas por passos
que ecoam em abismos invisíveis.
E se o silêncio fosse a única resposta?
O que restaria, então?
As minhas mãos, abertas ao vento,
não seguram histórias – deixam-nas partir.
Cada página que o ar toma é uma despedida,
um pedaço do livro que fui e que agora flutua,
guardado em órbitas que só o vazio compreende.
Há um som distante de folhas ao vento,
um cheiro de terra húmida,
mas também uma ausência que pesa.
O coração, sempre atento,
ouve o movimento secreto das coisas que não se veem.
As estações passam como ruído de luz...
... não deixam sinais no chão,
mas sim nas sombras que dançam entre as horas.
Nada realmente se desfaz; tudo persiste,
como um eco moldado pelo silêncio.
Carrego versos que não pertencem ao mundo...
... mas habitam a fronteira entre o visível e o que arde.
Escrevo para construir o que não existe,
para transformar o que foi perdido
em algo que respira novo.
Este é o meu alicerce:
um oceano sem limites,
um enigma que me desenha e se apaga ao mesmo tempo.
E se existir fosse um poema que ninguém lê?
Apenas sente, enquanto flui,
deixando marcas onde ninguém vê.
Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...