Poemas : 

Para MarySSantos (65ª Poesia de um Canalha)

 
O odor acinzentado e solto deste vento
Abraçado nas asas dos pássaros loucos
Que voam pelas nuvens sem harmonia
Atira-se qual folhas ao tempo tão lento
Feito de ponteiros trocados aos poucos
E desses sorrisos que no inverno trazia

A chuva era como um rio só e insensato
Sem rumo ou margens para me segurar
Cambaleado nos ecos das suas árvores
Que chorava deitada nesse chão gaiato
A correr e a chover por aqui sem parar
Até que ninguém a visse entre as flores

Eu à janela a ler pássaros teus e meus
Desses que fui escrevendo nuns versos
E que depois cego lia d'algumas pedras
Segui a corrente num acenar de adeus
Só entre dois ou três passos dispersos
E não sei quantas mais paixões vedras


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 09/01/2025 19:51  Atualizado: 09/01/2025 19:51
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 Re: Para MarySSantos (65ª Poesia de um Canalha) ao Alemtagus
o sorrir da superfície do rio
nada diz do que sorrio
as desordens nas
entranhas do silencio
ofertam o balanço
arrítmico do caos
onde perco-me
para encontrar (me)

P.S: Como gostaria de possuir esse dom que tens, de extasiar.

bj