procurei durante tanto tempo
caminhei sem direcção
desejei a luz do dia
ansiei pela cor da noite
o desalento a invadir o sonho
o pesadelo a invadir a alma
não me aquece a luz do sol
não me aconchega o luar
um corpo cansado
as mãos prostradas
a melancolia
uma caneta esquecida
uma folha vazia
espera consentida
uma existência fugaz
as horas que passam
dias que se sucedem..
sempre iguais....
o desejo de mergulhar
nas aguas revoltas
a vontade precisa acreditar,
permanecer
O impulso
....
nunca parar de escrever
Fátima Santos