Poemas : 

Para Katz (63ª Poesia de um Canalha)

 
Neste estranho partir
Perdido e sem abrigo
Os olhares descaídos
Quase prontos a parir
Um amigo sem amigo
Morrem aí renascidos

O tão imortal ciúme
Crava as letras ditas
Na trepadeira viciosa
Regada por azedume
Pelas bocas escritas
Por ti doce mariposa

Esses livros inteiros
Que tu eras e os lias
São fogo sem chama
Sempre os primeiros
Dos beijos que dizias
E enrolavas na cama

Um livro impaciente
Esperou-me o vento
Que lhe vire páginas
Pelo olhar descrente
Um pobre momento
Fazia de si sua sina


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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