Pergunte se há no seio de uma besta fera,
onde no colo o filho sedento amamenta,
A insanidade da maldade e da tormenta
de um amor tão vasto que mais ninguém espera?
Retira do mais profundo veio da terra
o sangue do qual sua fera se alimenta.
A maldade junto ao leite não fermenta,
Entrega-o tenro e limpo até o fim da era.
Que líquidos correm teus arredios seios
Quando com todo amor a sua cria embala
Escondendo a crueldade com ternura.
Estupefato, me pergunto por quais meios
Transforma-se em veneno que a terra coalha
O seu leite , da essência mais bela e tão pura!