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Rogério Beça | Publicado: 24/12/2024 08:58 Atualizado: 24/12/2024 12:17 |
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Re: Para o Cheiramázedo (56ª Poesia de um Canalha)
6.Sementeiras
Mãos unidas ali no presbitério, ribombar de bombas no convento; os gritos são o único lamento, um halo triste, dorido, sério. Sementes só as há no cemitério, famílias inteiras escrevem, ao vento, aos entes, poemas, sem um intento. E esse frouxo chamado Rogério. A natureza vive a vergonha de ter criado o monstro Homem, o sol, a lua, as estrelas, o mar. E toda a reza tão enfadonha que vira o mal em favor do bem, também nos salva, virá nos matar. De cheiramázedo In Dez Sonetos da Guerra na Crimeia |
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