Oh, quão gentis são os teus olhos, amor!
Quando num sossegado resplendor
olhas Lisboa, suas antigas moradias,
onde costumávamos ver passar as Romarias.
E nos Bairros castiços, de passeios debruados
de pedra portuguesa, (camuflados
de cinzas e desenhos), ei-la de novo sonhando,
com quem, desde tenra idade, creu-lhe amando.
…
…
E, todos os dias, quando na rua, ei-los que já se abraçam!
Vinde ver a ‘trupe’ e a questão: eis pois, quando se casam?
E é neste original delírio, para os corações,
que vem ao “toque” a serenidade, de todas as emoções.
Beijam-se os noivos, como se não houvesse amanhã!
que a realidade é confessada, mas dispensa exacerbado afã.
Têm porque existir, amar perdidamente:
Ei-los, que partem os dois, definitivamente!
Jorge Humberto
18/12/24