Poemas : 

Para Upanhaca (53ª Poesia de um Canalha)

 
A ovelha ouve e a mente capta
Distorce-se o dito pelo não dito
E a escrita que esquecida se lê
Põe-se à sombra a mentecapta
Torce-se com esse ar esquisito
De uma lágrima que não se vê

Entra a cem e lá vai a duzentos
Com os ouvidos d'um mercador
Que deles os faz bons e moucos
Exacerbados os verbos violentos
Que surdos lhe coçam tanta dor
E conjugam tempos aos poucos

A arte da soberba fez-se poeta
Bateu com a língua nos dentes
E estridente gritou-nos sem dó
De eco em eco fazia-se profeta
Louca sublinhou que tu mentes
E como veio assim morreu pó


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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