Sei que as tuas vinhas crescem, indomadas,
e cada verso é um laço que segura o sopro do vento.
Não apenas as leio—nas noites de sono, eu as vivo;
abrem-se portas em cada linha
para a casa onde ainda moramos, cheia de risos e sussurros antigos.
Sei que o silêncio sob o teu guarda-chuva
é um abrigo mais que da chuva—
guarda segredos, guarda ecos
de palavras antigas que me deixas no ouvido,
e me pergunto se são minhas ou se as sonhei contigo.
Sei que os teus moinhos, com velas que giram frenéticas,
desenham mapas nos céus — cada volta,
uma nova rota de ventos que dançam e nunca se repetem.
E aqui, neste agora tão frágil,
aprendo a respirar livre,
longe do peso urgente do tempo.
Sei que roubas o sal das ondas bravas
e o devolves aos barcos, uma promessa de viagem;
porque pensar, como o mar,
só vive se houver sede de novos horizontes.
E sei, por fim, que num futuro qualquer,
encontraremos o fio dourado que nos une—
pois a infância é a terra à margem deste rio de palavras,
e cada verso nos chama de volta ao início,
onde tudo começou.
Bem-vindos ao meu refúgio, onde desvendo os mistérios da mente humana através da neurociência e da arte da palavra. Sou uma simples pessoa que, nas horas vagas, se torna escritora, explorando o mundo através da observação. Amante das artes e da diversi...