Poemas : 

Para Outras Consoadas (51ª Poesia de um Canalha)

 
Neste poema a que chamo Portugal
Declamado por abril a toda a gente
De cravo ao peito de tanta saudade
Rimo os poetas com seu povo igual
Crianças pobres de olhar sorridente
E a ti verso, que cantavas liberdade

Grito de viva-voz lágrimas de mães
Que levam nos marchares soldados
O adeus e até breve dos seus filhos
O ladrar silencioso de malditos cães
As nuvens negras e os nossos fados
Agrilhoados nas mãos dos caudilhos

Vós, senhores deputados, ministros
Presidentes e secretários de estado
Bons e maus que alindam o poleiro
Sois os vilões, os vampiros sinistros
Que nos sugam o sangue estagnado
Nos rios do povo Viriato e guerreiro

Não se pode proibir a voz da poesia
Nem a tristeza que a morte nos traz
E nunca tal vida que se cante assim
Não se pode esquecer o que te dizia
Que da guerra vilã não escreves paz
Quanto teu olhar esquecido de mim


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
beijadordeflores
Publicado: 15/12/2024 15:37  Atualizado: 15/12/2024 15:37
Super Participativo
Usuário desde: 26/10/2024
Localidade:
Mensagens: 104
 Re: Para Outras Consoadas (51ª Poesia de um Canalha)
Uau, soa a António Aleixo
Gostei muito


Enviado por Tópico
AlexandreCosta
Publicado: 16/12/2024 10:35  Atualizado: 16/12/2024 10:35
Da casa!
Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 457
 Re: Para Outras Consoadas (51ª Poesia de um Canalha)
Como disse o Ary dos Santos, "... Poeta castrado, Não!"

Pena que este povo, por vezes, reclama demais por coisas de pouca monta e pouco reclama, ou quase não se insurge contra a podridão na política... chegando ao cúmulo de defender certa escória que por lá passou...

um abraço