Poemas : 

Suspenso

 


pendurado, sem escápula
é assim o mundo livre
tão suspenso quanto o ar
e do ar, que não se agarra
se respira

é o mundo a escape dos dedos
mas dos dedos não se livra
tacteando os agudos
faz-se multiforme
na toma do indomável

dos escapes, aos fumos
negros na brandura
percorridas já as estradas infindas
até chegar a lado nenhum

morre-se na quimera de um lápis
a derreter em submissão
até ao dia de morrer o ar
no suspenso de ser


 
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AlexandreCosta
 
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