pendurado, sem escápula
é assim o mundo livre
tão suspenso quanto o ar
e do ar, que não se agarra
se respira
é o mundo a escape dos dedos
mas dos dedos não se livra
tacteando os agudos
faz-se multiforme
na toma do indomável
dos escapes, aos fumos
negros na brandura
percorridas já as estradas infindas
até chegar a lado nenhum
morre-se na quimera de um lápis
a derreter em submissão
até ao dia de morrer o ar
no suspenso de ser