já não me basta o silêncio
próprio deste ruído
a estalar antes da pele
se os dedos inquietos deslizam nas pétalas
que lhes cresça um arrozal
das extremidades ao centro
prado antes do jardim
se morrer que seja à sombra do roseiral
quando as salinas galgarem os olhos
cristalizarem o último do espinhos
e do sopro profundo
eu os estilhace todos
até ao silêncio de ser
todo teu
03-12-2024