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Poema Luso-Aniversariante (50ª Poesia de um Canalha)

 
A última letra que escrevi era de carne e osso
Foi poema na primeira vogal de um verbo teu
Alegremente passeada de palavra em palavra
Ria e chorava de alegria num tempo só nosso
A terra à vista perdi-a de vista quando nasceu
Dum chão rasgado pela vida que o adeus lavra

Estas páginas de incontáveis versos em poema
Folheavam-se ao vento no outono das árvores
E aqui a vida em lume de chão que ardia lenta
Aconchegada por uns beijos tímidos de cinema
Sussurrava entre os dois o doce aroma a flores
E o mel que adoçava sorrisos à lua pachorrenta

O teu olhar encantado por outro olhar inocente
Debatia-se nas dúvidas sobre qual amor queria
E quantos viriam entre este e mais algum igual
O corpo trémulo parecia uma criança descrente
As mãos nos pés e a cabeça tonta que te fugia
Abraço ou não abraço no beijo e não beijo final

Que quente e frio está o dia e que louco se fez
De hora marcada com o velho destino ali vazio
Ainda hoje outra noite passava assim por mim
Esquecida de nascer noite como a vi dessa vez
Louca e poeta que de negras sombras te pariu
Essas mãos que te afagam tantas luas sem fim


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
ZeSilveiraDoBrasil
Publicado: 06/12/2024 17:39  Atualizado: 06/12/2024 17:39
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 Re: Poema Luso-Aniversariante (50ª Poesia de um Canalha)
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...ao meu olhar, o que aqui nos apresenta é um resgate em versos com altivez à poesia, à escrita amadora. Poema merecedor de fazer parte deste acervo de incontáveis páginas e que ora valoras este trabalho literal de resultado incomensurável.
Cumprimento-o!

Aquele abraço caRIOca, amiguirmão.