Por meia vertigem olhei-te o passado
Sem ti senti-te as mãos no meu peito
De dedos cravados na memória curta
Lembrei uns traços em rosto cansado
O dia esquecido por mim com defeito
Cambaleia os passos qu'a noite furta
As nuvens vestem-se de vento louco
Desse que abana o mar tua saudade
De tua vaidade num harakiri covarde
Onde a vida t'escorre pouco a pouco
Qual ódio vadio que esta terra invade
Que um olhar já foi demasiado tarde
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma