Perdoem-me se às vezes pareço alheio
Mas é maior o mundo em mim que o mundo fora
E há dias em que as viagens são para lá do meio
E voltar, nem que não queira, sempre demora...
Pelo caminho ainda paro numa janela,
Dessas, que se abrem, já num plano exterior
E a força bruta que me puxa aquém dela
É bem menor que o fardo da carga de dor.
Perdoem-me, se às vezes sou, demais, sincero
E diga firmemente: não quero voltar!
É que este universo de sonho que em mim é vero
É bem melhor que o mundo fora do meu olhar!