Me sinto preso em um labirinto,
Uma armadilha feita para ratos.
Busco minha alma, mas já não a sinto,
Arranco do coração os matos,
Feitos de pecados,
De erros e fatos.
Sinto-me excluído dessa humanidade,
A procura de um perdão inexplorado.
Quanto mais fujo de toda maldade,
Mais me vejo, cada dia, julgado.
Queria novamente me reconhecer,
Conquistar uma réstia de dignidade,
Libertar minha alma, deixar de sofrer,
E parar de ser controlado na escuridão da noite.
Quero fugir de todos os problemas,
Ir para longe desse cais naufragado.
Talvez, um dia, ser apenas lembrado
Como alguém que gritava em seus poemas.
Mas o final feliz parece distante,
Algo que o destino insiste em negar.
Mesmo sabendo que o certo está tão próximo,
Minha alma vacila e teme tropeçar.
E assim sigo, sombra em agonia,
Caminhando na trilha que a dor traçou.
Sem luz, sem alívio, só melancolia,
Um eco perdido de quem já sonhou.