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Toda a vez que eu choro

 
Toda a vez que eu choro
um líquido inodoro
É como se o mundo
acabasse para mim

Não importa o quanto
dure esse meu pranto
O que conta é o estrago
que algo, ou alguém
provocou em mim

São pequenas gotas
gélidas de saudade
raiva e ilusão

Por onde elas passam
vão lavando a alma
amenizando a dor
que rompe o coração

O amor, onde fica?
Escondido em guarita
Não vai mais doer
deixou de arder
De mim já não carece
partiu, foi-se embora

É pavio que se apaga
chama que não deflagra
Vela de parafita
Que durou, apenas
O curto tempo de uma prece.





Fernanda Esteves
Setúbal
 
Autor
Nanda
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