Era pra ser mais, era pra ser tanto
Mas sobrou o pranto, ficou só rancor
O que era sonho virou desencanto
E o nosso canto perdeu o sabor.
Não foi só você que sofreu na vida
Eu guardei ferida, sangrei o meu chão
A tua mentira me abriu partida
Fiz de cada lágrima minha prisão.
(Refrão)
E o amor, que era estrada, virou espinho
Se perdeu no caminho, se desfez na razão
Foi o riso morrendo no desalinho
Como um velho moinho sem vento e perdão.
Te dei meus versos, o meu horizonte
Mas bebi da fonte amarga demais
Agora, sozinho, refaço a ponte
Só não carrego comigo o que mal me faz.
Teu silêncio grita, tua sombra pesa
E o tempo não reza pra nos perdoar
Eu que tanto amei, hoje digo: te apressa!
Deixa que a saudade venha me chamar.
(Refrão)
E o amor, que era estrada, virou espinho
Se perdeu no caminho, se desfez na razão
Foi o riso morrendo no desalinho
Como um velho moinho sem vento e perdão.
Mas quem sabe um dia, numa outra vida
Seja diferente, renascendo nosso amor
Sem tanta amargura, sem tanta ferida
Com menos mentira e, menos espinho.
Refaço a ponte
Só não carrego comigo o que mal me faz. (Bis)