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sonhos prementes

 
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chegou quando sonhava
um som, à minha janela
era o inverno, em segredo chegava
com carta de recordações
e palavras calando
nostalgias e cegas ilusões
num instante, soube
que era a dor selvagem
dum grande vazio

débil a minha voz de frio
meu sentir,
foi um clamor apagado
o corpo quebrado.

onde deixei a branca primavera
o verão estonteante
e o fervoroso outono?!
lembro agora:
extraviados, num percurso
já distante

trementes sonhos, frio e nostalgia
despeço-me de outubro
e de saudade me cubro
até um dia.

natalia nuno


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
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rosafogo
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 20/11/2024 15:06  Atualizado: 20/11/2024 15:06
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1435
 Re: sonhos prementes
Olá Natália,

Logo no início, os 4 primeiros versos já são um poma:
chegou quando sonhava
um som, à minha janela
era o inverno, em segredo chegava
com carta de recordações


Esperamos que a despedida não seja partida!

Abraço

Paulo