eu gosto do branco
quero-te branca
de branco
sem banco
só asa na casa
só brasa
seria impensável
senão assim
cetim
jardim de marfim
que arrasa
abrasa
motim
deixa-me apenas
pintar-te de versos
nas marcas
escarpas
no corpo dispersas
na derme
que geme
rachada
na parte agastada
nas vozes inversas
deixa-me ser
poema polido
de nácar
e âmbar
em ti embutido
da pele
revele
a luz
sem capuz
o teu verso perdido
brancos os dois
fusão depois
capa
contracapa
versos
universos
livro assumido
18-11-2024