Poemas : 

O GRITO

 
 
Vou gritar! Preciso ouvir minha voz,
Andar na chuva, descobrir quem sou.
O que restou de mim é a insensatez!
Que luta com medo de perder a vez.

Caminho à esquina, volto para casa,
Carrego erros e o passado a me pesar
As horas atrasam sem saber por quê.
E, a memória, chagas a me reviver.

[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]

| Lembranças gritam. Roubam a paz!
| Igual ao amigo que clama um abrigo.
| Porém, ao fugir, o eco me persegue,
| O silêncio me segue, e me impede.

No momento tange a dor que me devora
ela sabe meu nome, me abraça agora
A ilusão me envolve, recusa-se a soltar
E a liberdade, onde é que ela mora?

Quero voltar a estrada que passei,
Escolhas que fiz, e onde descansei
Mas, se eu voltar, ainda serei eu?
Ou sombra que sonhei, e já morreu?

[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]

| Lembranças gritam. Roubam a paz!
| Igual ao amigo que clama um abrigo.
| Porém, ao fugir, o eco me persegue,
| O silêncio me segue, e me impede.

E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder.


Souza Cruz

 
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