Vou gritar! Preciso ouvir minha voz,
Andar na chuva, descobrir quem sou.
O que restou de mim é a insensatez!
Que luta com medo de perder a vez.
Caminho à esquina, volto para casa,
Carrego erros e o passado a me pesar
As horas atrasam sem saber por quê.
E, a memória, chagas a me reviver.
[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]
| Lembranças gritam. Roubam a paz!
| Igual ao amigo que clama um abrigo.
| Porém, ao fugir, o eco me persegue,
| O silêncio me segue, e me impede.
No momento tange a dor que me devora
ela sabe meu nome, me abraça agora
A ilusão me envolve, recusa-se a soltar
E a liberdade, onde é que ela mora?
Quero voltar a estrada que passei,
Escolhas que fiz, e onde descansei
Mas, se eu voltar, ainda serei eu?
Ou sombra que sonhei, e já morreu?
[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]
| Lembranças gritam. Roubam a paz!
| Igual ao amigo que clama um abrigo.
| Porém, ao fugir, o eco me persegue,
| O silêncio me segue, e me impede.
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder.
Souza Cruz