Vou gritar! Preciso ouvir minha voz,
Andar na chuva, e saber quem sou.
O que restou de mim é a insensatez
Lutando com medo de perder a vez
Caminho à esquina, volto para casa,
Carregando o passado a me pesar
As horas atrasam sem saber por quê.
No ontem guardo o que não sei viver.
[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]
| Lembranças gritam. Roubam a paz
| Igual amigo clamando por abrigo.
| Quero fugir desse eco a perseguir,
| mas o silêncio insiste em impedir.
No silêncio ecoa a dor que me devora
ela sabe meu nome, e não vai embora
A ilusão me envolve, recusa me soltar
E a liberdade, onde é que ela mora?
Quero voltar a estrada que passei,
Escolhas que fiz, e onde descansei
Mas, se eu voltar, ainda serei eu?
Ou sombra que sonhei, e já morreu?
[ Assusta saber que ainda existo.
Esconder do sol, e ainda ser visto,
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder]
| Lembranças gritam. Roubam a paz
| Igual amigo clamando por abrigo.
| Quero fugir desse eco a perseguir,
| mas o silêncio insiste em impedir.
E quando insisto em desaparecer,
Encontro o amor, ao me perder
Souza Cruz