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Quando vou à cidade

 
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Quando vou à cidade vou ao desejo
Imagino-te ao cruzar de cada esquina
Procuro-te nas mulheres que vejo
O teu brilho no olhar mas tudo é neblina

As sensações de ti que se entranham
No meu corpo e memória incessante
Todas as peles se arrepanham
Na possibilidade de ti num instante

Sei as tuas rotinas e por onde passas
Quando perto do teu trabalho palpito
Numa lembrança de sonhos e desgraças
Mas no dar certo já não acredito

Então evito ir à cidade por não aguentar
Saber-te lá sem minha seres
Mas não muito de diferente de nós a namorar
Quis-te minha mas não tinha poderes

Dornelas, Cadeirão
António Botelho



A arte é um mundo à parte

 
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antóniobotelho
 
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Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 15/11/2024 09:46  Atualizado: 15/11/2024 09:46
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1428
 Re: Quando vou à cidade
Olá António,

Quadras bem conseguidas,
Anda aí confusão
vou ao desejo
Na possibilidade de ti num instante
Mas no dar certo já não acredito
Quis-te minha mas não tinha poderes

Nostalgia do que não foi?

Abraço

Paulo

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 15/11/2024 10:09  Atualizado: 15/11/2024 10:09
Usuário desde: 28/07/2009
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Mensagens: 10782
 Re: Quando vou à cidade
A vida nem sempre é mar de rosas, o que hoje parece um sonho, amanhã pode tornar-se pesadelo, surge a dor da saudade e os pensamentos envoltos em escuridão. A esperança é que o sol (amor) volte de novo.

O poema está bem conseguido, porém na última quadra o 3º verso, como leitora não me soou muito bem.

Um abraço
Bom dia para o António