Poemas : 

Por um fio

 
o fio de espada erguido
na manhã lenta

descobrem-se as árvores
numa surpresa demorada
ainda a noite a correr nas veias

o dia todo num embrião de orvalho
traduzindo a língua estrangeira
dos ramos doentes de outono

a lâmina de água gelando a espera

o momento do cutelo delinquente
na hora oblíqua da sentença irreversível

 
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gillesdeferre
 
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