o fio de espada erguido
na manhã lenta
descobrem-se as árvores
numa surpresa demorada
ainda a noite a correr nas veias
o dia todo num embrião de orvalho
traduzindo a língua estrangeira
dos ramos doentes de outono
a lâmina de água gelando a espera
o momento do cutelo delinquente
na hora oblíqua da sentença irreversível